quinta-feira, julho 29, 2004

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Balthus: Lições de Guitarra

(#) para aumentar meio tom, um (b) para diminuir e um (Fb) para termos uma escala de Blues.
Temos  a escala pentatónica em que retiramos o VII  e o IV grau...

Lá fora,  por de trás do fumo que se desprende  da minha boca, a Lua tapa e destapa-se num delicioso jogo erótico.
Ficará Cheia dentro de poucos dias.
   


quarta-feira, julho 28, 2004

No outro dia equanto apreciava o ar rural alguém me desafiou a ir roubar maçãs.
Mostrei-me reticente, pois esta história de mulheres a desejar maçãs acaba sempre mal. 
Depois de persuadido, encarreirámos por entre um campo de videiras ... instantâneo...Lopes Graça
 
Tanto se me dá que vindimem,
vinhas que eu já vindimei;
Tanto se me dá que outros logrem,
ai amores que eu rejeitei.
Tanto se me dá que outros logrem,
ai amores que eu rejeitei.

Fim de tarde na praia....

Está uma brasa na praia mas nem por isso a "landscape" feminina melhora...

Fim de tarde na praia...

terça-feira, julho 27, 2004

Everybody knows that you love me baby
Everybody knows that you really do
 Everybody knows that you've been faithful
Ah give or take a night or two
Everybody knows you've been discreet
But there were so many people you just had to meet
Without your clothes
And everybody knows
(...)
And everybody knows that you live forever
Ah when you've done a line or two...
 
(Cohen: Everybody Knows)
 
 
Ao meu "Sunset breeze" juntei "Sail" . Coloquei o no boião do tabaco. No humidificador da tampa usei uma Aguardente velha.
Ah,  a procura do equilibrio... do tabaco certo...
Que mais posso eu dizer sobre as Mulheres.
 
 

segunda-feira, julho 26, 2004

Ora Ora

Ficar em casa dos avós trás sempre reminiscencias do passado.

Tinha acabado de chegar da praia e quem é que vejo sentada no sofá entretida a falar com a minha avó? A fêmea que me tirou da inocência. Lá estava ela, um pouco menos nova mas com aquele corpo responsável por temporadas de poluções nocturnas e não só... só que ao lado dela estava o marido, titulo recém adquirido. Trocamos olhares e ficou "visualmente" entendido que não falaria dos telefonemas que trocamos nos últimos tempos. Soube depois que tinha esperado até eu chegar.  

Vocês já viram a música que o Chico Buarque canta com o Grande Carlos Paredes por detrás? Linda!

domingo, julho 25, 2004

PlayboyInterview.gif

Timothy Leary,  psicólogo e professor em Harvard.  Levou a cabo experiências com LSD, droga que acreditava ser  um instrumento de exploração , compreensão e expansão  do subconsciente.
Expulso de Harvard  foi viver para a propriedade de uma amiga em Millbrooks a partir da qual professou a sua fé .
Leary tornou-se pai;  guru de uma geração que ansiva pela mudança.
Para muitos, o novo "Cristo".  O seu mandamento: 

Tune in, Turn on and  Drop out

leary.jpg

 Timothy Leary's dead.

No, no, no, no, He's outside looking in.

Timothy Leary's dead.

No, no, no, no, He's outside looking in.

He'll fly his astral plane,
Takes you trips around the bay,
Brings you back the same day,
Timothy Leary. Timothy Leary.

-- From The Moody Blues album:"In Search of the Lost Chord"


shane2.jpg
Após rever o "SHANE" a dúvida mantém-se. Ele morre ou não morre no fim?
Penso que também não é de grande relevância.
De alguns anos para cá nestes filmes gosto de apreciar a subtileza com que os realizadores abordam as relações entre homem/mulher.
Neste filme em particular à uma cena em que a Marian está  a fazer curativos ao Shane.
O desejo paira no ecrã.
O filho corta a atmosfera chamando a mãe ao quarto.
 Quando ela volta o Shane ja se retirou para o estábulo onde pernoita. Ela dirige-se rapidamente para a porta de onde fica observar o Shane a distanciar-se (também pode ser que se detenha a olhar a escuridão debatendo-se com o desejo que a atormenta e que coloca em perigo o seu casamento).
Neste momento o marido aparece à porta do quarto. Ela dirige-se para ele e pede para ele a abraçar com força,  numa clara tentativa de afastar os pensamentos "tenebrosos" que a assombram,  num pedido de coito como se este fosse a tábua de salvação. 


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sexta-feira, julho 23, 2004

Guitarras chorai. O Mestre partiu.
imgpareds.jpg 

quarta-feira, julho 21, 2004

Uma correcção, o livro que hoje acabei de ler intitula-se "Este Oficio de Poeta". E como não podia deixar de ser retive mais duas citações

Not till de fire is dying in the grate/ Look we for any kinship with the stars (Meredith)

Body Decrepitude is wisdom; young/ We loved each other and were ignorant (Yeats)

Bem, este "cibercafé" (Quiosque na avenida) não dá para mais...

É verdade: o Martins é o "lucky one".

terça-feira, julho 20, 2004

Ah, os tempos em que me afundava em copos de whisky.
 
"O caminho do excesso conduz ao palácio da sabedoria"
( W.Blake )
 
As panateneias,  as Dionisíacas...
O poema do Sá Carneiro:
"Na minha alma há um balouço que está sempre a balouçar... "
 
Antero na parede da faculdade das Matemáticas...
" A Universidade só iluminará o povo quando lhe pegarem fogo..." 
 
As mulheres, os corpos...   As palavras repetidas monocordicamente...
 
Festas... flashs... gritos de incentivo Quixotesco...
 
Ah, os tempos em que me afundava em copos de whisky.



segunda-feira, julho 19, 2004

A mulher do meu amigo Martins, que no passado apresentava ( aos meus olhos ) uma postura altiva e fria  finalmente revelou o seu verdadeiro"eu".
No Georges desnudou-se e desabrochou numa flôr de uma beleza ímpar.

Analisando o passado, o que eu tinha era ciúmes.
Via-a como a ladra que me roubara o  amigo.
Agora vejo-a  como uma mulher frágil e doce que faz o meu amigo muito feliz.
Obrigado Isabel
 
Tendo tirado este  peso da minha consciência...
 
Rita... lovely Rita meter maid...
 
"All poemes have wolves in it
all but one, the most beautiful of them all..."
(james  Douglas Morrison)
 
Rita... mulher... beleza...
 
Aquela cativa que me tem cativo...
 
Eu nunca vi rosa Em suaves molhos,
Que pera meus olhos Fosse mais fermosa.
 
Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados...
 
(Camões)
 
 


domingo, julho 18, 2004

Ah pois é!
 
pensavam que se viam livres de mim? nem em férias!
 
Estas férias deu para começar a desfolhar o livro "O ofício de poeta" de Borges. Até agora deu para aprender a "citação" de Keats:
 
Then I felt like some watcher of the skies
when a new planet swims into is ken;
or like stout Cortez when with eagle eyes
He stared at the Pacifico- and all his men
Look'd each other with a wild sumrise
SILENT, upon a peak in Darien
 
Até breve!

sexta-feira, julho 16, 2004

Vila Verde - Lamarosa 19:00  
  

Depois de ver homem e touro sem tabus, mnemonicamente reportei-me
para o Abc do Amor do Woody Allen.
O Gene Wilder loucamente atraído por uma ovelha...enfim... aqui estou eu a sorrir sozinho.

woody









Olé!

Corrida de Touros em Pamplona 2004

Odyssey in search of treasure
 
A US salvage firm's plan to excavate a British shipwreck believed to contain the biggest treasure haul in marine history could be just weeks away from starting. The project has left some experts aghast but Mark Oliver hears a defence of it from its chief archaeologist
 
Friday July 16, 2004
 
 
O Pinto Balsemão e o José Eduardo Moniz andam desatentos...deve ser do Verão Quente!
 

Aquarela do Brasil (para inaugurar as novas funções do blogger.com o título vai a cores)
 
Ary Barroso (Carnaval de 1939)
 
Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Pra mim... Pra mim...
 
Ô, abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Brasil!
 
Deixa cantar de novo o trovador
À merencória luz da lua
Toda a canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil! Brasil!
Pra mim... Pra mim...
 
Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto
O Brasil verde que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Pra mim... Pra mim...
 
Ô, esse coqueiro que dá coco
Oi onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil! Brasil!
 
Ô, oi essas fontes murmurantes
Oi onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Oi, esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil! Brasil!
Pra mim... Pra mim...
 
Vamos lá a sambar! (mp3, acordes)

quinta-feira, julho 15, 2004

Ainda ontem estavamos a falar de Pynchon.

Parece que os fabulosos Simpsons também fizeram uma referência ao Thomas Pynchon.

Episódio dos Simpsons - 25/01/04

Mas o cartoon convenceu-me.

Cartoon sobre a vida de Pynchon

Neste momento a única dúvida se vou ler o "V." e o "Gravity Rainbow" em Inglês ou em Português. Tenho só que acabar de ler a aventura do Pepe Carvalho.

A pedido de muitas famílias decidi escrever um livro (pequeno manual será o termo mais indicado). A árvore já plantei, várias até (arbustos será mais perto da verdade). Só ainda não fiz um bebé porque tenho medo q a parteira diga “bebé não, aborto é o termo mais indicado”.
Lançarei o livro em posts à medida q consiga decifrar a letra das minhas notas ou escreva o q falta, qual das duas acontecer primeiro. Ficaria bonito com algumas fotos q tenho, mas ainda n domino o bem o blog…criticas, duvidas, workshops de controlo de qualidade. Disponham.

O Cânhamo Como Cultura Recreativa Para Jovens Agricultores

Introdução
Ao apresentar estes estudos sobre a cultura do cânhamo que escrevi, nada mais são que notas, colhidas aqui e acolá resultado da experiência que adquiri com cânhamo. Não tem pretensões técnicas e muito menos literária. Recordo-me ainda das dificuldades encontradas, quando me iniciei a esta cultura. Essa recordação é o meu desejo de que as pessoas que nunca tenham cultivado cânhamo se não deparem em tais embaraços. Com estes apontamentos, exprimo as minhas convicções de momento acerca da cultura do cânhamo. Ê possível, contudo, que amanha tenha de desmentir o que hoje afirmei, se porventura verificar factos contrários aos até agora observados. Possa eu despertar um pouco a curiosidade dos nossos agricultores e ao mesmo tempo familiariza-los com as dificuldades, mas também com os proveitos económicos/recreativos, que podem advir da cultura do cânhamo, e ficarei satisfeito acaso, algum dia, queiram enviar amostras para controlo de qualidade.
CAPITULO l
BREVE NOTA BOTÂNICA
A humanidade reconheceu desde cedo as potencialidades desta angiospérmica, há cerca de 8.000 anos que esta espécie é usada em todo planeta na produção de tecidos pela excelente qualidade da fibra (uma das mais fortes do reino vegetal), também usada com fins medicinais. Houve por isso uma dispersão geográfica que deu origem a diferentes estirpes. A cannabis foi pela primeira vez classificada pelo botânico Carolus Linnaeus em 1753 no seu “Species Plantarum” que considerava todas as plantas de cannabis como membros de um único género. Botânicos posteriores, como Richard Evans Schultes, afirmaram que o género pode ser dividido em três espécies distintas, com base no padrão de crescimento, variedade das folhas, tipo de semente e variação química. As principais são: “Cannabis Sativa L” (cânhamo), comuns nas zonas equatoriais de todo o mundo. Variedades oriundas de países como a Tailândia, Colômbia e Nigéria, serão frequentemente da espécie Sativa. A Sativa é alta, entre 1,80m e 4m (mas há registos de indivíduos que podem chegar até aos 6m), de ramificações descuidadas com estreitos denteados nas folhas. Estas plantas requerem níveis muito altos de luminosidade para que as suas flores amadureçam convenientemente. A “Cannabis Indica” (marijuana), pelo contrário, é mais baixa e tem um denteado mais largo nas folhas. Os ramos são mais curtos, as flores juntas e resinosas mantêm-se próximo do caule central. A Indica requer níveis mais baixos de luminosidade e um período mais curto de floração para maturar, sendo provavelmente originária dos vales Hindu-Kush entre as latitudes 25' e 35'. É a mais potente das espécies mãe mas com desvantagens para a produção nacional. E a “Cannabis Ruderalis”, é originária de regiões muito mais a norte, na Rússia e na Europa de Leste, sendo mais baixa, mais arbustiva, e requerendo ainda menores níveis de luminosidade. Os efeitos psico-activos da Ruderalis são mínimos, tendo os produtores procedido ao cruzamento da sua espécie com outras de grande potência, como o Skunk, numa tentativa de criar uma marijuana de alta potência que matura mais cedo, sem estufa nem luz, em partes temperadas e subtropicais do mundo. Como a Holanda, a Inglaterra e o Canadá.
O cânhamo — “Cannabis Saliva, L”. — e uma planta dióica, anual, herbácea, de folhas persistentes, pertencente a família das Urticáceas e á sub-família das Cannaboideas ou Cannabináceas. A raiz é aprumada, profunda e revestida de pequenas radículas. Apresenta porte erecto, folhas pecíoladas e compostas, caule sucoso, cavidade medular e casca fibrosa recoberta de pequenos pêlos ásperos, os quais adquirem ainda maior aspereza depois das plantas secarem. Quando cultivada em densidade apertada, a planta, do cânhamo reduz a uma haste única e esguia, mas é susceptível de ramificar-se,
quase desde a base, apresentando-se relativamente frondosa e lenhificando-se muito levemente na parte inferior do caule, fazendo lembrar um pequeno arbusto, quando vegeta isolada ou disponha de espaço. Todavia, embora ramificando-se, nunca «afilha».
Em virtude de se tratar de uma dióica, as flores são diferentes nas plantas femininas e masculinas. Nestas encontram-se dispostas em panículas, ao passo que nas femininas, pouco numerosas, se agrupam na axila das folhas localizadas na extremidade dos ramos. Esta circunstância das flores femininas só se desenvolverem nas extremidades dos ramos faz com que seja necessário sistemas de cultura diferentes, conforme se pretenda a produção de sementes ou a vertente mais recreativa, a de frutos ou flores, visto no segundo caso convir para que se formem abundantes braços laterais, gosta de espaço para assim maximizar a produção de fruto. As plantas do sexo feminino, embora de desenvolvimento mais lento, são mais vigorosas, atingem maior altura têm e grossura, têm maior tendência para se ramificarem e, em geral, são mais folhosas e de cor verde mais carregada. Esta maior robustez faz com que, frequentemente, as pessoas pouco relacionadas com a botânica canabinácea as confundam, considerando-as indivíduos masculinos.
A vida nas terras pobres e mal fertilizadas, nas excessivamente húmidas, como nas secas, ou ainda a existência de encharcamento proveniente de rega mal conduzida e de modo geral tudo quanto signifique meio desfavorável ao desenvolvimento da planta, parecem influir na diferenciação dos sexos, originando o aparecimento de mais pés masculinos do que femininos. Pelo contrário, quando o cânhamo vegeta em solo rico, bem fertilizado e regado, quando baste em suma, sempre que encontre meio vantajoso, regista-se certo equilíbrio entre o número de plantas dos dois sexos e talvez possa mesmo dizer-se que se nota predominância de plantas femininas.
Os indivíduos masculinos têm desenvolvimento mais precoce do que os femininos. Daqui resulta que, na época da fecundação, apresentam maior altura do que estes, circunstância que favorece a polinização, pois permite que o pólen, na sua queda, encontre as plantas femininas e se espalhe sobre elas. Este facto dá-nos a ideia de uma
precaução tomada pela Natureza, para facilitar a fecundação. Aliás, o fenómeno da fecundação, mesmo que isso não sucedesse, estaria favorecido pelo facto do pólen ser muito fino, motivo por que se espalha facilmente e chega a ser transportado, pela acção do vento, a distâncias de mais de 500 metros, recomendo cuidado com a proximidade dos sexos na localização escolhida .
O fruto do cânhamo é um aquénio arredondado, envolvido por cálice e persistente, liso, duro e frágil, de cor cinzenta mais ou menos escura, por vezes raiada de claro (depende de cada variedade), e brilhante, quando bem maduro. Tem um tamanho aproximado de uma pequena «ervilhaca», é oleaginoso contem uma só semente, com um único embrião. Os frutos aglomeram-se em cabeças que podem conter centenas de embrioes. Esses frutos perdem rapidamente o seu valor químico (THC) assim que são fecundados por um macho. Como já referi, manter as fêmeas longe do pólen dos machos é obrigatório para obter os melhores resultados.
As sementes tem aspecto redondo/oval de 2, 3mm de diâmetro de casca lisa, castanhas ou azinzentadas com ou sem riscas. Dão indistintamente origem a indivíduos femininos ou masculinos, fazendo impossível saber previamente o que a tal respeito se vai passar, a menos que sementes transgenicas tenham sido utilizadas ou tratadas com um banho hormonal (ver nota seguinte). A diferenciação dos sexos só se nota quando as plantas já atingiram um certo desenvolvimento, cerca de 4 a 6 semanas após a sementeira.

Breve nota Química
(proximo post)


quarta-feira, julho 14, 2004

Ontem fui ao Dr.Kartoon e gostei do que vi e ouvi.
Do primeiro tipo comprei mais um volume de Gaston (Aquela maravilhosa séria que era Públicada antes do Calvin), desta vez foi a vez d'«O Escritório das Grandes Gafes»:

Gaston-«O Escritório das Grandes Gaffes»

A outra foi uma confirmação de algo, no mínimo, entusiasmante... a série Corto Maltese vai ser Públicada (ao género da obra-prima de Hergé), só que desta vez a preto e branco e com quadradinhos no tamanho original. O único senão (nada podia ser perfeito) é que vamos ter de gramar com o carimbo do jornal e com livrinhos com capas menos interessantes do que estamos habituados (a fonte foi a livraria...).

Corto Maltese - «La ballade de la mer salée»

segunda-feira, julho 12, 2004

Vila Verde-Lamarosa,19:00

Profane. Hoje de manhã era nesta personagem que eu pensava constantemente.
Benny Profane
v.jpgSince his discharge from the Navy Profane had been roadlaboring and when there wasn't work just traveling, up and down the east coast like a yo-yo; and this had been going on for maybe a year and a half. After that long of more named pavements than he'd care to count, Profane had grown a little leery of streets, especially streets like this. They had in fact all fused into a single abstracted Street, which come the full moon he would have nightmares about. East Main, a ghetto for Drunken Sailors



Coimbra, 23.28

Heartbreak, Chet Baker with strings
Sempre que a minha relação vagueia pelas ruas da amargura...
O responso...

I'm a fool to want you
I'm a fool to want you
To want a love that can't be true
A love that's there for others too

I'm a fool to hold you
Such a fool to hold you
To seek a kiss not mine alone
To share a kiss that devil has known

Time and time again
I said I'd leave you
Time and time again I went away
But then would come the time
When I would need you
And once again these words I had to say

Take me back, I love you
I need you
I know it's wrong, it must be wrong
But right or wrong
I can't get along
Without you


A triste realidade (e cada um tem a sua) de que o Ser Humano não é por natureza monógamo, faz com que este quando cria laços sentimentais se sinta confuso.
A novidade ou a continuidade...estas duas premissas sao cíclicas

...entre ficar e partir nem sempre é fácil decidir...
(O Fio da Navalha...Táxi)

(...)encontro no sexo um manancial de metáforas sobre a nossa natureza e diverte-me ver os mais sólidos e lúcidos indivíduos arruinarem imagem, carreira e família movidos por impulsos incontroláveis. Mas não só por isso: fui sempre rebelde a esta história dos tabus, por entender que são eles os responsáveis pelas taras mais perversas; toda a gente do mundo nasce pelo mesmo processo, desde o princípio dos tempos, na cama fazem-se sempre as mesmas cinco coisas, com ou sem riscos de fractura, e o que difere de pessoa para pessoa não são as acrobacias físicas, mas as mentais e oníricas. (Lembram-se da Mansfield? O que me interessa na carne é o espírito?) E aí, sim, dependendo da bitola estética de cada um, o sexo pode ser ordinário ou obra-prima" ( in Diário de Noticías 14/02/99)


Pensamentos soltos: 1."Fazer amor é indecente? Só se for no caso de ser bem feito" (Woody Allen). 2. O sexo é uma das nove razões porque um homem devia ressuscitar. As outras oito não têm interesse" (Henry Miller).

O canto de cisne do Stanley Kubrick, uma viagem psicosexual, onde podemos ver o quão voláteis são as relaçoes entre homem e mulher.(Tom Cruise) Dr. William Harford, mergulha numa incursão erótica que ameaça o seu casamento - depois de a sua mulher (kidman) admitir desejar sexualmente outro homem. A história arrasta-se através da dúvida e do medo até à autodescoberta e reconciliação do casal.


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Ah chet...tinhas tudo para ser uma estrela de Hollywood...tornaste-te num toxicodependente.
Quase destruiste a tua vida(conseguir-lo-ias em 1988)...
Ficou a tua voz dorida, a tua obra de valor inestimável onde a tua genialidade se repete vezes e vezes sem conta.
claxtonbaker.jpg baker2.jpg baker.jpg

SCHOPENHAUER disse um dia:
- O mundo e a vida não nos podem satisfazer; para quê ser-lhes fiel?

Depois de um percurso pelos blogs miseráveis que, vá-se lá saber porquê, estão linkados a partir deste, aqui fica também o meu poema dedicado à Sophia de Mello Breyner Andersen Consulting:

"So the fart finally died". - Manny Calavera, in Tour de Farce, 2003.

Haja limites para a mediocridade. E haja limites para a ignorância das gentes. Sophia de Mello Breyner era lixo, tal como a Pintassilgo era uma besta de direita.
E poupem-me a palhaçada de o Sampaio "ter perdido a credibilidade". Já a tinha perdido quando mandou tropas para o Kosovo (que se entretiveram a fazer explodir as camaratas). E porque é que querem eleições antecipadas? Não votaram no PSD e no PP para lhes dar quatro anos de maioria absoluta? Agora aguentem. Daqui a dois anos já podem todos votar no PS, que é exactamente a mesma coisa. Mas em quatro anos uma pessoa esquece-se depressa, não é?
No dia em que as pessoas lerem qualquer coisinha de História em vez de engolirem as patacoadas da televisão e do Público, talvez aprendam a pensar. Depois já só falta aprenderem gramática.
Mas isso se calhar já é demais.

P.S. - Hoje fiquei a saber que o Wayne Shorter é um baixote. Nunca pensei.

sexta-feira, julho 09, 2004

"Poeta meu poeta camarada
Poeta da pesada, do pagode, do perdão..."

Na manhã de 9 de Julho de 1980 Vinicius de Moraes fez a sua última poesia, partiu para nunca mais fugir.

Vinicius de Moraes


«A carta que não foi mandada
Paris, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis
No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor

Mas ao vê-lo assim tão triste e só
Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando
Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais»
[Vinicius de Moraes in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"]




Só um homem com olhos de poeta e amigo de poeta das teclas pode falar e escrever com letras a beleza de uma mulher.



Heloísa

Saravá!

Menos prestígio e mais bacanal na politica Nacional

Vejo na televisão autarcas, ministros, presidentes da liga, executivos, e até aspirantes a primeiros-ministros a vomitarem auto congratulações pela excelente organização do Euro. Acho trágica e cómica esta obsessão portuguesa pelo reconhecimento no exterior. Lembram-se, foi o Carlos Cruz que levou a candidatura de Portugal para o Euro'2004 a bom termo, bate certo. No fundo, os nossos dirigentes políticos desejam ardentemente a irresponsabilidade do Euro porque há uma fama internacional a conquistar.
Os dirigentes políticos desejam espantar o mundo e colocar a Europa de joelhos ante a frondosa excelência pátria. Uma confrangedora saloiice? Com certeza. Mas quarenta e tal anos de salazarismo não explicam tudo. Na minha modestíssima opinião há razões psicológicas pelo meio. Freud, que hoje já ninguém lê, explicava detalhadamente que indivíduos com profundas frustrações sexuais tendem a mergulhar na mais paródia e delirante
megalomania. Compensam a falta de cama (ou de fraca qualidade) com excesso de facúndia. Eu honestamente, concordo com o velho Sigmund. E defendo que os cargos políticos só deviam ser ocupados por indivíduos com uma vida sexual completamente satisfatória. Nem que para isso tivessem que recorrer a bordeis (tema que irá merecer futuros posts). Era bom para eles e, sobretudo, era bom para o contribuinte português, injustamente condenado a verdadeiras sangrias fiscais (imaginemos a vida sexual Manuela F. Leite... com 3 pilhas alcalinas, só pode) – tudo para que o senhor político possa sublimar os seus fracassos de cama com toneladas e toneladas de betão armado.

quarta-feira, julho 07, 2004

O melhor amigo do Homem

Esqueçam a família, o emprego e o clube. Esqueçam os filhos, os pais e os sogros a namorada e até o cão ou gato. A relação mais próxima que um homem estabelece até ao fim da vida é com o seu próprio pénis. Sim, podemos partilhar todas as confidências do mundo com a companheira de alcova. Mas com o nosso pénis é diferente. Ele conhece-nos.E nós conhecemos o bicho.
Damos-lhe nomes. Conhecemos-lhe os hábitos e, claro, as desistências e as ronhas. Com ele travamos discussões, monólogos, caricias e divertimentos. Ficamos tristes quando ele esta triste. Alegres quando ele se alegra. E muito preocupados quando ele não tem qualquer razão para estar preocupado.
Perguntamos-lhe; "Por que motivo não cresces mais?" Ou, no meu caso, "por que motivo tu cresces tanto?"
O pénis arrasa com a nossa racionalidade, a começar pela racial. Podemos ser multiculturalistas totalitários, militantes do Bloco, amigos do Bonga e do Raul Indwipo. Mas quando vemos um rapaz preto, nós, brancos, por mais civilizados que sejamos, ficamos no íntimo a remoer de inveja. O pénis é o nosso Ku Klux Klan. O nosso Lê Pen. O nosso Lê Pénis. Um erro, claro.
Trabalhadores ou preguiçosos, atléticos ou atarracados, todos os pénis são filhos de Deus. Eles estavam lá no primeiro dia do resto das nossas vidas - quando, sós e assombrados, descobrimos a beleza da masturbação. É o primeiro momento realmente importante na vida de qualquer rapaz: a certeza cristalina de que jamais estaremos sós. Por pior que a vida corra - e, ás vezes, ela corre,(que por acaso no momento não é o meu) há sempre uma última saída. E com ele partilhamos também o segundo momento sacramental: quando finalmente o senti-mos o corpo de uma mulher. Por cada portuguesa nua, já vimos milhares de americanas. Não é exactamente como se esperava. Mas é melhor do que se esperava. Então o pénis levanta-se, diz um "presente" enrouquecido e nós temos uma dívida de gratidão para o resto dos nossos dias. Que serão muitos. Que serão poucos. Chegará o momento em que o cabelo cai, a pele fica coberta de engelhas. E o pénis entra em hibernação, funcionando a horas impróprias e com ritmos muito
dele. Perdoamos tudo. Seremos bons amigos numa velhice de paz. De quando em vez, uma festa no pêlo, como quem acaricia um gato, só para saber se ele ainda mia. O pénis será o espelho de memórias passadas, o trofeu do nosso orgulho, como a cabeça do alce na parede da sala. O nosso caçador. A nossa maravilhosa caçada. Contaremos histórias; "Uma vez, este sacana..."
E quando o último suspiro nos levar para onde só Deus sabe, deixaremos tudo: casa e família, trabalho e amigos. Mas ele irá connosco para a eternidade.
in Maxmen

Enchi a fornilha do cachimbo, com o cuidado e a atenção que uma mulher bela merece, enquanto o cd de Carlos Gardel bailava um tango.

Hoje apetece-me falar de uma particularidade da terra dos Coroneis, de Borges, das Pampas, de Maradona, de Astor Piazzolla e Carlos Gardel (este último nascido em Toulouse com o nome de Charles Romuald Gardès),...do Tango.




«A palavra "Tango" nasceu antes da dança em questão. No século passado, falava-se e escrevia-se sobre o tango de três maneiras deiferentes: como de uma dança de escravos negros, também chamada tambo, pois era acompanhada pelo ritmo de um tambor; o tango espanhol andaluz que se encontra nas zarzuelas(operetas ou comédias musicais como "A Revoltosa" e "La Verbena de La Paloma", por exemplo) e, por fim o tango do Rio de la Plata, em 1890. As primeiras expressões musicais do tango nasceram também da habanera cubana e da milonga crioula (Gabino Ezeiza e Santillan). Uma outra influência advém da forte presença da nova vaga de imigração italiana que, superada a recusa xenófoba, acabou por se fundir com o elemento indígena crioulo, dando uma nova cultura musical urbana, a cançoneta italiana. Falou-se também da java musette francesa, mas não se sabe ao certo.» [Hugo Pratt, in Tango]



Hugo Pratt- Tango



Tenho por Astor Piazzolla a imagem de um magnífico compositor e exímio executante ("Tango; zero hour" & "Maria de Buenos Aires" com Horácio Ferrer). Por Gardel a voz eterna do tango argentino...

"
Mi Buenos Aires querido,
cuando yo te vuelva a ver
no habrá más penas ni olvidos.

El farolito de la calle en que nací
fue centinela de mis promesas de amor;
bajo su quieta lucecita yo la vi
a mi pebeta luminosa como un sol

...
"


E a agora a quanto a Mané Garrincha:
O Brasil acompanhou a Copa de 1962 ainda pelo rádio e, um, dois dias depois de cada jogo, o teipe chegava de avião e era mostrado na TV. Na partida contra a Espanha, a primeira sem Pelé, o Brasil perdia já no segundo tempo por 1 a 0 e seria eliminado nas oitavas-de-final. Garrincha recebe na direita e dribla uma vez seu marcador. Espera que ele volte e dribla de novo. O locutor se desespera. ``O Garrincha não passa a bola!´´. Mais uma finta, agora chega um segundo marcador que também é driblado. O locutor vai à loucura. ``Mas o Brasil está perdendo, o Garrincha prende demais a bola, o que ele quer?!´´.
Garrincha começa a última sessão de dribles, se livra dos dois marcadores e centra... E o locutor, com voz de choro, desesperado, irritação indisfarçável. ``O Garrincha, o Garrincha... Goooolllll. Gooollll do Brasil. Amarildo!!!!´´.
Garincha driblara, driblara, driblara e driblara um pouco mais. Esperava alguém entrar na grande área. Aí, Amarildo chegou...

sábado, julho 03, 2004

Ouvi hoje, um daqueles discos que fazem comichão à primeira. Ferida à segunda. Chaga à terceira, e por aí fora... até amar.

Numa incursão a uma discoteca, já há alguns anos, adquiri um disco do Phil Woods intitulado "Astor & Elis", cuja música fez comichão mas não passou da ferida. Embora este não tenha sido, concerteza, o melhor Phil Woods gravado, este cd tem um livrinho bastante interessante. P.W. manifesta a importância da música sul-americana no futuro do Jazz. Coincidência ou não, foi quando me tinha acabado de converter ao som de Piazzolla.

Este albúm, passado tanto tempo, faz-me recordar as palavras de Phil. A paixão pela música cubana e pelo flamenco, deixo para outro post. Agora, o som que sai deste duo "Bebo Valdés y Diego el Cigala " (e de mais uns músicos)no disco "Lágrimas negras" é no mínimo apaixonante, mas eu não sou e não consigo ser imparcial quando se fala de música sul-americana...






Capa do disco - Lágrimas Negras


Diego el Cigala y Bebo Valdés




Mais informação em,

http://www.clubcultura.com/clubmusica/lagrimasnegras/lagrimas.htm


A última faixa (sem contar com os extras) deste álbum é o magnifico "Eu sei que vou te amar" de Vinicius de Moraes.

"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida"


Garrincha partilha o corpo e a cama com a Elza Soares. A mente essa está com o whisky.

sexta-feira, julho 02, 2004

Vila Verde - Lamarosa 19:17



baker01.jpg



Angel Eyes

Hey drink up all you people
Order anything you see
And have fun you happy people
The laugh and the drinks on me

Try to think that love's not around
Still it's uncomfortably near
My poor old heart ain't gaining any ground
Because my angel eyes ain't here

Angel eyes, that old Devil sent
They glow unbearably bright
Need I say that my love's mispent
Mispent with angel eyes tonight

So drink up all of you people
Order anything you see
And have fun you happy people
The drink and the laughs on me

Pardon me but I got to run
The fact's uncommonly clear
I got to find who's now the number one
And why my angel eyes ain't here

Excuse me while I disappear

(Letra: E.K.Brent/M.Dennis).....Interpretação: Chet Baker)

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