segunda-feira, junho 28, 2004

(Chet Baker no cd-player)

Já lá vão uns anos mas nunca hei-de deixar desvanecer a memória daquela semana...

Tinha voltado de casa dos meus avós e apetecia-me sair, arejar a cabeça. Encontrei o meu amigo P. e perguntei aonde ia nessa noite. Ele confessou-me que havia dois dias que ia com a M. e o T. para um café para os lados da Solúm, tudo porque havia lá uma rapariga que andava a pôr o pessoal "doido". Desenhou-me a imagem dela como se fosse a flor mais bela do mundo.

Nesse mesmo dia fui com ele ao dito café. Ela já lá estava... e nicles... olhei para ela e pareceu-me apenas uma miúda de cabelo pintado. Nesse instante pensei como poderia o meu amigo P. achar aquela rapariga estonteante. Não senti o efeito "máquina centrifugadora". Debati isso como o P.

No dia seguinte lá estava eu, no carrossel do charuto com a M., P., A. e o T.

Ao terceiro dia... Entrei no café, fui mais cedo do que o costume, encontrei-a sozinha numa mesa. Sentei-me, olhei para ela e falámos. Mas eu realmente não olhava para ela, olhava para os seus olhos, para a profundidade do labirinto a que eles me conduziam. Eu não prestava atenção ao que nos escapava da boca, entrei no labirinto e não sabia como sair e achei a ideia de Ícaro a mais parva de todas, porquê fugir? Aquela imensidão era a mais bela sedução que tinha sentido, aqueles vitrais eram a pintura mais bela que alguma vez tinha presenciado. Do centro da íris dispersavam-se pequenos raios, feitos de propósito para hipnotizar.
Nesse mesmo dia, quando chegou a meia-noite, fomos em grupo escolta-la a casa. Ela aproximou-se e colocou a mão no bolso do meu casaco, e apertou-a contra a minha, e assim fomos até casa dela. Mal ela subiu, alguns disseram, ela costuma fazer isso às vezes...mas eu ainda não tinha achado a saída...nem sequer procurado.

Passado um dia, pedi-lhe namoro, como se pede quando ainda se acredita. Ela foi algumas vezes dormir a casa da avó no Bairro. Aproveitamos alguns desses dias para ficar a conversar num banco junto ao ringue até a noite ser longa, muitas vez os nossos lábios se aproximaram, sem nunca se tocarem. Ela não aceitou. Gostava de mim... mas eu assustei-a. Soube pelo amigo comum J.V. que ela sentia atracção por mim, mas ao fim de uma semana não se sentia bem a assumir alguma coisa.

Passadas duas semanas as coisas desmoronaram-se. Pseudo namorei uma outra rapariga, acho porque queria mostrar a mim mesmo que nenhuma fêmea me ia pregar uma rasteira. A rapariga de cabelo pintado, passados uns dias disse-me: "Ela podia ser mais gira, não achas..."

I fall in love too easily, I fall in love too fast...

Agora já não consigo ficar enamorado pela imagem de uma mulher, talvez tenha gasto o meu solitário crédito com aqueles olhos de gata.

sexta-feira, junho 25, 2004

Vila Verde-Lamarosa,19:19

Dos baloiços restam os postes.
O mato cresceu, deu ao local um ar desolador.
A construção em forma de casa onde nos abrigámos da chuva!Onde tu me conduziste ao teu amâgo! já nao existe.
No local onde falámos de lua e sentidos proibidos, impera agora o amarelo da flôr viçosa dos cardos

quinta-feira, junho 24, 2004

Coimbra,23:43

Nightswimming
deserves a quite night...

Fogueiras de proporções gigantescas serviam de faról aos casais que navegavam na areia.
Sentei-me a observar.
O negro ondular das ondas; como que me enfeitiçava.
De olhos fechados acariciava a areia delicadamente.
Ah, o aroma característico...
A beleza.
O longíncuo cantar das sereias. Doce chamamento. A perdição para marinheiros incautos.

Nightswimming
deserves a quite night...

terça-feira, junho 15, 2004

"Existem dias que fico a pensar na vida e sinceramente não vejo saída. Por exemplo, como é que dá para entender que a gente mal nasce e começa a morrer, depois da chegada vem sempre a partida porque não há nada sem separação.
Sei lá...
Sei lá...

Só sei que é preciso paixão
Sei lá...
Sei lá...
A vida tem sempre razão.

A gente nem sabe que males se apronta, fazendo de conta, fingindo esquecer que nada renasce antes que se acabe e o sol que desponta tem que adormecer. De nada adianta ficar-se de fora a hora do sim é o descuido do não.
Sei lá...
Sei lá...

Só sei que é preciso paixão
Sei lá...
Sei lá..."
Vinicius de Moraes

Saravá!


Garrincha esvazia uma garrafa de rum antes do jogo com o Flamengo.

sexta-feira, junho 11, 2004

Coimbra, 0.45h


Queria so dizer que é com grande tristeza que coloco este post.
Ontem dia 11 faleceu Ray Charles.

Other arms reach out to me
Other eyes smile tenderly
Still in peaceful dreams I see
The road leads back to you
Georgia, Georgia, sweet Georgia

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)

Woah Woman, oh woman, don't treat me so mean,
You're the meanest old woman that I've ever seen.
I guess if you said so
I'd have to pack my things and go. (That's right)

Aveiro, 13.37h


Há uma história "engraçada" que a comunidade cientifica conta em relação à teoria do Einstein e à possibilidade matemática de viajar no tempo que este apresentou.

Um viajante proveniente do futuro( o Einestein acreditava que apenas era possivel viajar para o futuro...)entregou ao Einestein um livro com toda a teoria necessária para viajar no tempo (daí o "gênio" do "homem") só que ao abrir o livro lia-se na primeira página, "Teoria da relatividade restricta, escrito por Albert Einestein".

Mas mudando de assunto.
Ontem fui ao Arrábida shoping. A Fauna local estava ao rubro. Côres vivas,sandálias,mini-saias,calças de cintura descida (deixando vislumbrar o laçarote das cuequinhas),fios dentais, colos desnudados e umbigos brincalhões; este foi o quadro com que os meus olhos se depararam.
Constatei imediatamente:
- A época da caça está de aí!!!
Jovens of easy leisure, toca a olear as vossas armas

quarta-feira, junho 09, 2004

Estou de volta!... Com Vince Guaraldi ao piano.

Dissertação: A máquina do tempo

Desde o momento que tive conhecimento da teoria da relatividade, dos buracos negros, dos buracos-minhoca, e de outros pormenores do nosso espaço sideral com geometrias não euclidianas, ando com uma ideia que acho no mínimo intrigante. E como já teve origem em mim há uns anos atrás, julgo estar na altura de partilhar as minhas questões.

A possibilidade de um dia se construir uma máquina do tempo foi evidenciada pelo ficcionista Orson Wells no ido ano de 1895 com o seu livro “A máquina do tempo”. A mistura entre ficção e a realidade é algo que traz lucros tanto para os cientistas como para os artistas, e nem sempre se pode identificar o que é pura ilusão de uma simples previsão. Assim, sem saber se algum influenciou o outro, Einstein publica em 1905 a teoria da relatividade restrita (prevê a dilatação do tempo devido a velocidades de deslocação de corpos) e em 1915 publica a teoria da relatividade generalizada (a dilatação da coordenada tempo pode ser provocada pela actuação da força da gravidade, o que causa o facto desconcertante de que viver em Marte ou na Terra pode corresponder a diferenças temporais comparativas diferentes devido às forças gravíticas serem diferentes; nesta publicação constata-se ainda que o nosso espaço é deformado pela acção da gravidade - a luz é desviada por acção dos planetas!).

Einstein como que provou a possibilidade de viajarmos para o futuro, contudo foi preciso demorar mais algum tempo para provarem que viajar para o passado também é “possível”. Claro que tudo isto matematicamente…

As minhas questões começam agora. Lembrar que todas as observações seguintes devem ser colocadas num observador que se movimente em 5 dimensões e consiga ver o que se passa na nossa realidade de 4 dimensões (espaço= três dimensões + tempo= 1 dimensão).

Se de facto esta possibilidade se confirmar, temos de assumir três (simplificando de infinitos para três) tipos de “agora” temporais: passado, agora e futuro (que podem divergir consoante a nossa localização espacial).
O que quereria dizer que existem três Charlies Hadens temporais neste espaço. Para mim está claro que se estabelece uma cadeia de influências do primeiro para o último, isto significa que se o Charlie Haden “passado” partir uma perna (porque será que me lembrei disto?) o Charlie Haden “presente” e “futuro” terão cicatrizes da operação que o Charlie Haden “passado” foi submetido.

Aceitando o facto de podermos viajar até ao futuro estaríamos a quebrar a cadeia e deixaria de haver dois Charlies Hadens no futuro se o Charlie Haden “presente” viajasse até lá, isto porque a meu ver, o Charlie Haden “futuro” viajaria para um futuro ainda mais distante (num intervalo de tempo equivalente ao que o Charlie Haden “presente” fez até ao futuro). Contudo, abriria-se um vazio temporal no presente de Charlie Haden… existiu um Charlie Haden no passado e…dois no futuro. (se o observador fosse o Charlie Haden em vez de quebrar os elos não estaria mais do que a estica-los)

As viagens ao passado tornavam, na minha opinião, as coisas ainda mais intrigantes.
Se alguém viajasse para o passado e matasse a mãe do Charlie Haden antes dele nascer nunca ouviríamos falar de um Charlie Haden no presente, mesmo que já tenhamos desfrutado dos seus belíssimos discos. Faça-se o seguinte exercício: Imagina-se que a pessoa que viaja até ao passado só pode fazer uma alteração em cada dia, e inibe o aparecimento dos computadores. Então eu que neste preciso momento que estou a escrever isto “agora”, amanhã quando acordasse era natural que não me lembrasse do que fiz “agora”, criando uma espécie de amnésia temporal. Porque se a alteração fosse de facto feita eu nunca tinha escrito neste momento.

O que mais mexe comigo é que de facto dou como verosímeis as afirmações de Einstein e colegas (nomeadamente, Kurt Godel). Pelo que, pode alguém andar a viajar do futuro para o presente ou ainda para o passado, estando a alterar o presente e o futuro iludindo os nossos sentidos e as nossas memórias espácio-temporais. Já pensaram que qualquer coisa que façam hoje pode levar a que um agente policial do tempo venha do futuro para o passado e arrebentar contigo antes que faças asneira no presente? Ou seja podemos desaparecer sem que achem isso de anormal.

Só tenho a acrescentar mais uma coisinha: “Se alguém está a viajar no tempo por favor tenha mais juízo com o que faz, porque isto aqui, no presente, está uma merda! Nem paraíso, nem purgatório, nem inferno…”

Enfim, estou de volta... «na minha profissão tenho medo é quando as sombras se deslocam» (ainda anda na minha cabeça).

Então Vinícius compõe aí qualquer coisa em honra ao Mané Garrincha
V.M.: «Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: Gooooool!»

Vila Verde – Lamarosa, 19.25h



Uma das minhas citações preferidas é:

"Quem não é comunista aos vinte anos não é boa pessoa. Quem o é aos quarenta é parvo"

Lembro me de um almoço em família em que o meu irmão contabilista (outrora, um jovem revolucionário, frequentador assíduo da festa do Avante) afirmou (após eu me ter filiado na JCP) - Isso passa com a idade. Eu retorqui prontamente: - hei de ser sempre comunista... ditadura do proletariado, igualdade social, etecetera( ah, as boas aulas de latim :)) ).
Neste momento sou apartidário.
A hierarquização do mundo nunca deixará de existir. Ser Dom Quixote a vida inteira??? nã
Ainda acredito no bem comum, mas o meu bem-estar e o dos meus vem em primeiro.
...the dream is over what I can say... I just believe in me, Claudia and me...

terça-feira, junho 08, 2004

Não podia resistir a deixar esta mensagem upon knowing da nova ocupação enquanto formador de um certo "elemento problemático". Enquanto aluno, claro.

When we grew up and went to school
There were certain teachers who would
Hurt the children any way they could
By pouring their derision
Upon anything we did
And exposing every weakness
However carefully hidden by the kids
But in the town it was well known
When they got home at night, their fat and
Psycopathic wives would thrash them
Within inches of their lives

Sooner or later, we all sell out.

segunda-feira, junho 07, 2004

Vila Verde - Lamarosa,18:53




Os meus posts raramente fazem sentido; ou aspiram a ser grandes pensamentos filosoficos.
Limito-me a escrever na intenção de recordar e de partilhar estados de espirito.
Escrevo porque gosto de o fazer.
Durante muito tempo nao fiz; por preguiça, por todas as desculpas e mais alguma...
A intenção é exercitar a escrita e o meu Português,no qual confesso envergonhado, ainda dou erros que considero serem graves.
Por isso nao me preocupo muito em elaborar o que escrevo, limito me a escrever.

domingo, junho 06, 2004

"vou tentar com que os meus futuros posts tenham algum sentido"

Man, we love you anyway! You hang in there.

Coimbra, 14:35

Ace Of Spades

If you like to gamble, I tell you I'm your man,
You win some, lose some, all the same to me,
The pleasure is to play, makes no difference what you say,
I don't share your greed, the only card I need is
The Ace Of Spades

Playing for the high one ( mão mais baixa no Poker), dancing with the devil,
Going with the flow, it's all the same to me,
Seven or Eleven ( números vencedores nos dados ) , snake eyes watching you,( um 1 em cada dado - perdes tudo)
Double up or quit, double stake or split,
The Ace Of Spades

You know I'm born to lose, and gambling's for fools,
But that's the way I like it baby,
I don't wanna live for ever,
And don't forget the joker!

Pushing up the ante,( aumentar o montante de entrada no poker ) I know you've got to see me,
Read 'em and weep, the dead man's hand again, ( mão que wild bill hickok segurava quando foi morto à queima roupa com um tiro na cabeça - um par de ases "pretos" e um par de oitos "pretos". A quinta carta nao se sabe ao certo qual era )
I see it in your eyes, take one look and die,
The only thing you see, you know it's gonna be,
The Ace Of Spades

sexta-feira, junho 04, 2004

Vila Verde - Lamarosa 15:08h


O malandro na dureza
senta à mesa do café
Bebe um gole de cachaça
acha graça e dá no pé(...)

Tal como na ópera do malandro estou aqui para vos contar um pequeno esquema.
Uma falha que descobri no sistema de revisionamento da C.P.
O "negócio" é o seguinte, eu entro no inter-regional das 22:15(de preferência
para a primeira ou segunda carruagem)e apresso - me a sentar. seguidamente viro costas para o corredor da carruagem, desalinho o cabelo e finjo dormir. Para quem prefer ir acordado a postura mantém - se. Depois é só fixar o olhar num qualquer ponto da escuridão que entra pela janela e deixar o revisor passar.

Nota: é extremamente importante nunca olhar para o revisor quando este estiver a dar a sua "volta". se o fizeres ele pára imediatamente e pergunta-te se ja foste revisionado.
Aconteceu-me uma vez. Disse que sim e, talvez por sorte, ele nao conferiu.

Malandro é gato que come peixe sem ir à praia... quais quais quais...

Nas últimas semanas não tenho conseguido organizar nenhuma ideia...vou tentar com que os meus futuros posts tenham algum sentido... não está fácil, nada fácil...

"Garrincha(Astérix) e as Senhoras da Vida"

Pus a banda sonora do Belleville-Rendez Vous a tocar)

Numa altura em que se está perto de copular em Inglês em território nacional, tenho a confessar que a língua (então se for de mulher...) Portuguesa ou Francesa me dá mais tusa.

Perguntam-me vocês: Porque raio está ele a escrever esta merda?

VocÊs: Porque raio estás a escrever esta merda?

E eu respondo....

Não sei!

Sabiam que já se pode ir até ao Algarve de comboio sem ter de fazer a ligação Santa Apolónia - Barreiro de barco?

Algo mais interessante: No policial que ando a ler quando vou à retrete (lembrem-me de falar sobre o interessantíssimo tema retrete!) anotei duas imagens que acho lindíssimas:

1) Uma prostituta (é incrível como nos policiais existe sempre uma prostituta): "Na minha profissão, quando as sombras se mexem é que tenho medo"

2) O pseudo herói, o detective divorciado referente a uma testemunha: "O som dos saltos altos contra a tijoleira pareciam dactilografar S-E-X-O"


(VocÊs: Fala sobre o tema interessantíssimo: a retrete)

Ah! é verdade o tema interessantíssimo: a retrete!

Bem a retrete .....................................................
........................................................................
...............................................
tem pouco que se lhe diga, MAS! Gostaria mais do que dissertar acerca das inúmeras alcunhas que se lhe atribuem, gostaria de reflectir sobre "a casinha"........................... Porque raio hão de chamar casinha! “Vou à casinha” tem algum jeito! Parece que estamos a pedir desculpas à casa de banho para lá irmos defecar, masturbar, urinar, lavar os dentes, pentear (alguns), tomar banho (também alguns), …
Não se pode simplesmente dizer vou à casa de banho? Ou então em calão: vou cag.r, vou mij.r? O porquê do diminutivo intriga-me, é carinhoso ir à casa de banho? É uma casa de banho pequenina? Ou … é chique? No meio de uma reunião pode-se dizer: “Esperem aí vou à casinha” e não “Esperem aí tenho de passar pela casa de banho”?
Já viram se juntarmos as duas palavras: casinha de banho. O “banheiro” dos brasileiros ainda suporto, agora “à casinha”?! E isto tudo quando urinar ao ar livre sabe tão bem! (no outro dia ouvi uma teoria sobre o prazer de urinar ao ar livre que hei-de me lembrar de explorar numa divagação futura)




A letra de BelleVille-Rendez Vous (é verdade fiz o download da banda sonora depois se quiserem "envio-vos"):
"
J' veux pas finir mes jours à Tombouctouuuu...
(Tombouctouuuu)
La peau tirée par des machines à clous
Moi je veux être frippé, triplement frippé
Frippé comme une triplette de Belleville

J' veux pas finir ma vie à Accapullllllllcoooo
(Accapullllllllcoooo)
Danser tout raide avec des gigolos
Moi je veux être tordu, triplement tordu
Balancé comme une triplette de Belleville

(Allez les filles, allons...)
Swinging Belleville rendez-vous
Marathon dancing doum dilouuu
Vaudou Cancan, balais tabouuu
Au Belleville swinging rendez-vous

J' veux pas finir ma vie à Singapouuuur
(Singapouuuur)
Jouer au dico, manger des petits fours
Moi je veux être idiot, triplement z'idiot
Gondolé comme une triplette de Belleville

J' veux pas finir ma vie à Honoluuluuuu
(Honoluuluuuu)
Chanter comme un oiseau çà n'se fait plus
Je veux ma voix brisée, triplement brisée
Swinguer comme une triplette de Belleville

Swinging Belleville rendez-vous
Marathon dancing doum dilouuuu
Vaudou Cancan, balais tabouuuu
Au Belleville swinging rendez-vous

J' voudrai finir ma vie à Katmandouuuu
(Katmandouuuu)
C'est bien plus doux de faire des rimes en "ou"
Mais je veux être givré, triplement givré
Swinguer comme les triplettes de Belleville

(Allez les filles...)
Swinging Belleville rendez-vous
Marathon dancing doum dilouuuu
Vaudou Cancan, balais tabouuuu
Au Belleville swinging rendez-vous

Swinging Belleville rendez-vous
Marathon dancing doum dilouuuu
Vaudou Cancan, balais tabouuuu
Au Belleville swinging rendez-vous"


Garrincha apanha outra narça de cachaça.

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