terça-feira, julho 21, 2009

O Cinto de Castidade - Pitigrilli

Tinha eu 16 anos quando o Tó (hoje professor assistente da UC) me disse - "Se alguma vez te deparares com o livro Cinto de Castidade não o leias". Tal como pretendido por ele, a primeira coisas que fiz depois do acampamento foi ir à procura do livro. Na biblioteca municipal encontrei apenas a "Virgem de 18 Quilates". Levei alguns anos até conseguir encontrar o Cinto de Castidade...

O Cinto de Castidade

"Mas o seu verdadeiro amor ia todo para a chanteuse a quem oferecia os ímpetos amortecidos da sua paixão debilitada. Todos perguntavam como é que Cirmeni podia adorar tão desesperandamente a chanteuse carne para marinehiro, resto de prostíbulos, aventureira aposentada, destroços de beleza naufragada, vénus caída, bocado mastigado de mulher; como é que amava um corpo onde nada restava de elegância de linhas ou harmonia de formas. Como é que podia amar uma mulher envelhecida pelos anos e pelas pinturas, na qual a sensualidade devia ter afrouxado como a pele do pescoço, como os seios, como as ancas.

Poucos compreendem a verdadeira essência do amor. Julga-se geralmente que um homem é atraído para a mulher pela frescura do seu rosto, pela esbeltez da cintura, pela agilidade das pernas, pelo mistério magnético dos olhos, pela muda promessa dos lábios impudicamente carnudos, pela palidez da fronte pura, pela tácita oferta das ancas rebolando, pela garridice indisciplinada da cabeleira. Julga-se que a mulher se sente atraída para um homem pela prepotência do seu olhar másculo, pela dobra da boca autoritária, pelo sorriso de sonhador ou de desiludido, pelos cabelos animalescos dos pulsos ou pela face depilada de efebo; pelo espírito que demonstra, pela inteligência que esconde, pela nobreza do seu carácter, pela malvadez da sua alma, pela sensualidade que promete a sua mandíbula nervosa.

A beleza, pois, a linha, a forma, a cor são, no juízo da maioria, os elementos que atraem um para o outro o macho e a fêmea. Só por meio deste erro se explica a pergunta que ouvimos constantemente:

—Como podes gostar daquela mulher, que não tem seios, que é magra, que tem boca pequena e olhos apagados?

O amor-respondemos nós — não é produzido pela mútua contemplação da cor dos olhos ou da forma do nariz. O amor, este magnetismo animal mediante o qual um indivíduo é atraído para outro indivíduo, é causado pela afinidade química de dois corpos. No indivíduo devem-se distinguir duas entidades: a forma e a substância, isto é, a linha exterior e a matéria.
O amor é devido, não à forma, mas à matéria; o amor é atracção física, afinidade química de dois organismos. A beleza não influi nada. A juventude não influi nada. O espírito, o talento, a elegância, a honestidade, a traição não têm o mínimo papel no magnetismo animal que faz um corpo sentir a necessidade de se misturar noutro. Quando um homem e uma mulher, tendo-se encontrado num ponto do espaço, experimentam a necessidade imperiosa (digo necessidade imperiosa e não desejo distraído) de se unirem, isso quer dizer que no corpo «daquela» mulher existe a substância, a matéria, o produto químico que com implacável ânsia procura a substância, a matéria encerrada no corpo «daquele» homem.
Nem de outro modo se explicaria o desejo de certas mulheres belas por homens que todos, e elas também, acham horríveis; nem de outro modo se explicaria o amor doido de certos homens por mulheres feias ou gastas.

O amor eterno, isto é, o inextricável retorci-mento de uma vida em torno de outra vida, é o produto do encontro de um corpo em cujos tecidos existem metais e metalóides que têm afinidade química pelos metais e metalóides de um determinado corpo de sexo diverso.

(Esta expressão vai fazer rir os farmacêuticos, mas estou-me nas tintas.)

Os homens e as mulheres que se amam com um amor assim tenaz, podem, é verdade, praticar infidelidades com relação uns aos outros. Mas a aventura não é o amor; a cópula ocasional deixa intacta a paixão constante. Pode-se amar desesperadamente um homem e ir humedecer os lençóis de outro. A aventura não é mais que uma espécie um pouco refinada de masturbação, depois da qual, ainda que os sentidos tenham saído extenuados, permanece inalterada a paixão da mulher pelo indivíduo que emulsionou estavelmente a própria vida com a sua vida.


O amor do dr. Cirmeni pela «chanteuse» era a verdadeira paixão inextinguível.
O amorzinho intermitente com a esposa legítima era um incidente fortuito como uma aven¬tura, insignificante como uma masturbação. Certas vezes, de manhã, acordando saciado, cansado, esgotado na cama da esposa jovem e bela, o seu desejo corria para a «chanteuse», a velha amante gasta pelos anos, pelas pinturas, pelas massagens.


— Não, meu amigo. O ciúme não é o estado alo-trópico do amor — objectava o doutor Cirmeni ao doutor Axenfeld, que frequentemente discutia com ele psicologia. — Eu não amo a minha mulher e tenho ciúmes dela, simplesmente porque, aproxi-mando-me dela por desfastio, por distracção, por uma novidade, tenho necessidade de saber que aquela mulher, cuja posse não passa de acidente mínimo na minha vida, me pertence, só a mim.
O ciúme, reconheço, é um sentimento bárbaro, selvagem, primitivo, que os séculos e a civilização deviam ter abafado e dissolvido. Mas não tenho culpa, se sou um homem da minha época, se vivo neste século em que os animais da minha espécie, que vivem em colónias no meu país, não chegaram ainda a tal ponto de evolução que consintam que a mulher de cada um seja também mulher dos outros. Com os séculos, com a evolução animal, o ciúme do homem irá desaparecendo, como já está a dar-se com o dente do siso e as vértebras do cóccix. Mas ainda não chegamos a esse ponto de aperfeiçoamento, e eu sofro o ciúme como acontecia com aqueles guerreiros da Idade Média que, antes de partirem para as demoradas guerras, impunham à própria esposa o cinto de castidade.
— Lenda!
— Lenda? Então nunca estiveste no Museu de Cluny, em Paris? Há lá dois, em tão perfeito estado de conservação, que ainda hoje se poderiam usar. Pois bem, eu compreendo o ciúme como o compreendiam aqueles enamorados primitivos.
— É grotesco.
— Isso sei eu, que é grotesco.
— E ainda por cima, ingénuo. Que te importa que a tua mulher — objectou o amigo Axenfeld — não entregue a outro homem aquela parte do corpo que o cinto de castidade resguarda, se lhe pode dar a boca, a paixão, a alma? Com o cinto de cas¬tidade não fazes mais que impedir um acto, o acto sexual, o contacto de duas mucosas. Mas não podes impedir todo o resto, o amor, a paixão, o desejo.
— Palavras! — retrucou Cirmeni. — O nosso ciúme, o ciúme verdadeiro, o grande ciúme que leva ao delito, o ciúme que se manifesta da maneira mais animalescamente sublime, está todo resumido na aproximação das duas mucosas, como tu dizes. Aquele que faz cenas de ciúmes com a amante ou com a mulher porque trocou um olhar, um sorriso, um beijo furtivo com um estranho, não é um ciu¬mento. O verdadeiro ciumento pouco se importa que a mulher crave o olhar no olhar de um homem ou a língua numa boca masculina. O ciúme verda¬deiro é o horror terrificante que experimentamos ao pensar que as suas mucosas situadas na fonte da vida sofreram o contacto das mucosas de outro. O homem verdadeiramente ciumento só tem medo deste contacto, da adesão daquelas duas mucosas húmidas. Entendes-me?
— E lamento-te."1



1 - Pitigrilli, "O Cinto de Castidade", ( tradução do italiano por Pires Carneiro), Porto, Brasília Editora, 1974, pp.13-16.




Introdução.

Ao tentar definir o Mito, Walter Burkert chegou à conclusão de que este tem uma dimensão histórica e é constituído por diversas camadas de desenvolvimento, durante o qual a primeira é alterada para se adaptar à cultura do tempo em que é recontada.[1]

Para o nosso caso em particular – O Mito e a Bíblia – há que ter noção, dentro dos relatos e tradições Indo-Europeias, das suas relações históricas e de como estas se interpenetram. Desta forma, encontramos uma rede bastante abrangente de ligações que conectam diferentes dialectos e povos, especialmente nas regiões que se tocam ou que foram vizinhas num determinado período no tempo.[2]

Tendo em conta estes dois aspectos supracitados, torna-se possível perceber que as religiões de matriz Judaico-Cristã denotam fortes pontos de contacto com diversas civilizações de outros continentes, muitas delas anteriores à sua génese. Exemplo disto mesmo é a possibilidade de criação de um formulário tipo, onde a origem divina de Jesus pode ser encaixada, que se estrutura – grosso modo – a partir das seguintes etapas:

Uma criança é concebida numa união de forma irregular, milagrosa ou maculada; uma união entre uma princesa e um desconhecido ou alguém de uma condição inferior (Sargão e Cípselo); uma relação incestuosa (Moisés e o Papa Gregório o Grande); sendo o mais comum a relação entre um mortal e um deus (Semíramis, Íon e Eneias) onde na sua maioria o pai é um deus e a mãe uma virgem (Perseu, Rómulo, Remo e Jesus).

Na etapa seguinte, um rei malévolo lança uma sentença de morte sobre a criança – frequentemente este é pai da criança, avô ou tio – pois foi avisado por um sonho ou por um oráculo de que esta, um dia, o matará para ficar com o trono (Ciro, Édipo, Perseu, Rómulo, Sapor, Jesus et alii - a lista é longa). O método escolhido para levar a cabo a sentença proferida é quase sempre o de abandonar a criança numa floresta ou montanha (Édipo, Páris, Egisto, Semíramis, etc.), sendo que nalguns destes mitos a criança é colocada numa caixa, barco ou cesta e lançada à deriva no mar ou num rio (Perseu, Sargão, Cípselo, Rómulo, Moisés e o Papa Gregório).

A criança é posteriormente resgatada por um pastor, jardineiro ou pescador que a cria (Sargão, Rómulo, etc.) ou a entrega ao seu senhor – um rei (Édipo e Perseu), uma princesa (Moisés) ou um abade (papa Gregório). Em muitos destes mitos a criança abandonada é o substituto do nado morto dos seus pais adoptivos. No entanto, o facto mais interessante é a intervenção de um animal que prontamente se encarrega do salvamento da criança e que nalguns dos casos alimenta o recém-nascido – no episódio de Rómulo e Remo (loba); Ciro (cadela); Semíramis (pombas); Páris (urso); Egisto (cabra).

À medida que a criança cresce, começa a demonstrar sinais da sua futura grandeza através de comportamentos precoces e carisma inato. Torna-se líder do seu grupo etário (em alguns dos relatos, por exemplo o de Ciro, ele desempenha o papel de rei no jogo real); eventualmente a sua verdadeira identidade é revelada por testes, ofertas, marcas no corpo ou simplesmente pelo cumprimento da profecia original, que por vezes acontece por acidente, como quando Édipo acidentalmente mata o seu pai. Muitos dos relatos contêm elementos de rivalidade, violência e até homicídio – Ciro bate no rapaz que lhe desobedece no jogo real; Rómulo mata Remo.

Nesta breve selecção podemos constatar que os mesmos motivos populares são recorrentes em diversos mitos do Mediterrâneo e do Médio-Oriente e em diferentes períodos da Antiguidade. No entanto, estes elementos característicos por nós apontados surgem também nas mitologias da Escandinávia, Índia, Ásia Central e ainda na África do Sul, Polinésia e América do Sul. São disso mesmo exemplo – Birta-Chino, fundador da raça Turca que foi criado por uma loba e Tiri o fundador-herói da tribo dos Yuracarés do Brasil, que foi alimentado por um leopardo[3].

Podemos pois, inferir destas manifestações populares a existência de uma experiência humana universal, que ocorre de forma independente em épocas e mundos bastante distantes[4]. Sem mais demoras, partiremos para análise de alguns episódios bíblicos onde tentaremos mostrar, com as devidas reservas que se impõem, que o mito foi veículo privilegiado pela Bíblia para divulgar a sua doutrina.



[1] Cf. MORFOD, Mark P. O. et alius, “Classical Mythology”, Oxford, Oxford University Press, 1999, pp.11 e 12.

[2] Cf. WEST, M. L., “Indo-European Poetry and Myth”, Oxford, Oxford University Press, 2007, pp.5 e 6.

[3] Cf. CORNELL, T. J., “The Beginnings of Rome”, London, Routledge, 1995, p.62.

[4] Cf. CORNELL, T. J., Op. Cit., p.63.



COSTA, Vitor, "O Mito e a Bíblia", Coimbra, Trabalho Realizado no Âmbito da Cadeira de Mitologia - Fluc, 2009.

domingo, julho 19, 2009

Pitigrilli, "O colar de afrodite"

Que metamorfoses sofrem estas efémeras criaturas convencionais, passando da irrealidade da espera à realidade das coisas conseguidas! Dantes gostavam de passear como disseminadoras de luz ao longo das praias ou dos salões de dança, com um grupinho de rapazes que as escoltavam, adulavam e as seguiamcomo aqueles sete diplomatas encasacados que acompanhavam a Viúva Alegre. Falavam, gemendo, de si próprias, falavam como se declamassem sempre a Figlia de Jorio, e de quando em quando firmam-se sobre uma perna, como as cegonhas, para dar lustro ao bico do sapato na meia de seda, ao longo da barriga da perna oposta, como fazem as moscas quando se coçam.

Depois do matrimónio, acabou-se.

Acabou-se, por algum tempo.

Quando o marido perceber que a linguagem da sua jovem senhora restitui à luz as gemas e as galas do tempo de solteira, pode começar a preparar o luto para as próprias ilusões. As gemas e as galas de linguagem, o tom declamatório, o acender das estrelas e o perfume do espaço vêm à baila novamente para agradar a algum outro que precise de lhe decifrar a alma.

-Meu marido nunca me compreendeu. Mas tu saberás compreender-me. Saberás ler na minha alma fechada.

E o novo explorador de espíritos, para lhe encontrar a alma, começará por desapertar-lhe o soutien.

sábado, julho 18, 2009




"The Chargers - Girls on the Road"


The Chargers - Myspace

(click to follow the hyperlink)


(Ouvir a música... deixar correr... ao fazer a leitura)

O ford Galaxie de 63 delizava pelo asfalto que cortava o deserto. No horizonte o círculo alaranjado ondulava à medida que se escondia. Os vidros abertos deixavam o carro inundar-se com a brisa morna do entardecer.
Mary Ann deitara a cara sobre o braço apoiado na extremidade da porta. Na mão que repousava sobre as côxas guardava a medalhinha que Janis, dorida com a despedida, tirar do seu pescoço e pressionara, ao fechar-lhe a mão, na sua palma.
Os seus olhos prendiam-se inertes na paleta única do deserto - à sua frente imperavam os vermelhos, os laranjas e amarelos, no retrovisor, a sua retina admirava melancolicamente os violetas, os rosas e o preto ocasionalmente rasgado pelo branco amarelado de um ou outro relâmpago da tempestade distante.
Não se arrependia. Tudo iria correr bem...


sexta-feira, julho 17, 2009

A sabedoria camionista...



"Mulher boa e melancia grande, ninguém as come sozinho"

Fodasssssssssseeeeeeeeee Puta... BOA??? BOA sou eu... Esta Megan Fox é HIPER MEGA BOA!!!















terça-feira, julho 14, 2009

The pen is mightier than the sword


O André, o último grande místico do meu Agrupamento, dizia-me sempre - "O truque é levar alguém a fazer o que nós queremos, mas deixando-o sempre pensar que está a fazer o que ele quer fazer."
Se o André era um homem instruído, a ... , prostituta na Madame Filipa (não é protecção da identidade da senhora é a triste realidade de não me recordar do nome) também dizia enquanto se lavava no bidé, que os homens que gostava de "engatar" no bar do piso inferior eram aqueles que afirmavam não precisar de pagar para fornicar.
Destes dois casos podemos inferir duas coisas; primeiro que a manipulaçao pode ser um acto intelectual premeditado ou simplesmente empírico - logo inata a todos os estratos sociais; o segundo de que o orgulho é o caminho mais rápido para fazermos aquilo que afirmamos não fazer, ou quando afirmamos que só fazemos aquilo que queremos.
Em última análise é necessário cuidado ao cuspir, pois rapidamente podemos estar a engolir...


sábado, julho 11, 2009


This Rockabilly Hall of Fame¨ is Registered and Trademarked. Created March 21, 1997.
Contact: Rockabilly Hall of Fame¨, P.O. Box 210058, Nashville, TN 37221 - bob@rockabillyhall.com




Billy Lee Riley ...
one of the remaining original great Sun Records artists, is in dire need of help! Billy has had his share of health problems, and is now battling stage four cancer and is in much pain. This is a CALL FOR HELP to all musicians and fans. Let's all get together and send something today to Billy and Joyce and show them that he means alot to us. If you have a website, a facebook or myspace, please post this need for help on it!

His Address is:

Billy Lee Riley
723 Crest Drive
Jonesboro, Arkansas 72401


©2009 - ROCKABILLY HALL OF FAME¨

sexta-feira, julho 10, 2009

As que cospem...

Aquele célebre aforismo de que a mulher solteira cospe, a casada engole e a virgem pergunta: - Oque faço com isto?, voltou a intrigar-me recentemente.
Encontrei ao longo desta Grande Marcha -长征 - apenas uma mulher que cuspia - na verdade limitava-se a deixar a gravidade actuar.
Geralmente esta categoria de mulher acredita profundamente que o homem não controla a ejaculção(1) sendo o desfecho - sémen na boca - inevitável e daí a cuspidela.
Na felação em local público, parece-me que a mulher que engole apresenta vantagem em relação à que cospe.
A submissão da mulher numa casa de banho ao som da Abertura do Guilherme Tell de Rossini, pautada por risos sardónicos, por gemidos que se desprendem da boca entreaberta do homem e a mulher que engole após o felatio sôfrego, tem algo de mágico.






_____________________
1 Cf. COSTA, Vítor et FAÍSCA, Nuno, O Sexo não tem mistérios, "Modus Operandi" p.115

segunda-feira, julho 06, 2009

Certo dia Dióniso, Baco e Ariadne encontraram-se no Alentejo - a alguns metros de Atenas. Segundo rezam as crónicas, copularam durante sete dias e sete noites. Na verdade, Baco e Dióniso perante tal maratona foram-se revezando, pois Ariadne, maltratada por Teseu, estava disposta a provar that all men was scum - Dinah-moe-humm e a Eskimo Nell comparadas com ela eram umas meninas.
Os orgasmosde Ariadne irrompiam uns atrás dos outros e a sua lubrificação parecia não ter fim.
No final das sete horas - tempo humano - Ariadne deu por terminada a sua experiência e retornou ao norte sem nunca deixar perceber o quão dorida se encontravam as suas pernas e a sua genitália. Fora uma vitória.
Baco e Dióniso, bêbados, foram tomar le petit déjeuner com o pequeno Pã. Os Sátiros e as Ménades nas suas irrequietas brincadeiras eram movimento a mais para os olhos entreabertos de ambos.




Agostino Carracci, Gravura, séc. XVI.


domingo, julho 05, 2009

Variações em Si bemol

A única mulher que afirmava sem pruridos que o tamanho do pénis contava, parece ter mudado de ideias. Caiu no aforismo que a performance se sobrepôe ao tamanho e lamenta-se de estar condenada a não voltar a ter bom sexo.
Quer me parecer - e na posição de homem não dotado estou á-vontade para falar sobre o asunto - que esta recém-descoberta de que o tamanho nao importa, se prende com o facto de nao poder dominar o dito homem; o homem encontra-se divinizado.
No entanto, os seres humanos são como as pragas; uma vez esgotados os recursos do local onde se encontram partem à procura de novas paragens...









quinta-feira, julho 02, 2009

Millions of dollars Mr. Lofton, Millions of dollars...

quarta-feira, julho 01, 2009

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